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Nossa História

Era uma vez...

Em verdade, nem faz tanto tempo assim.., havia um terreno no centro da cidade que já fora usado e ocupado por muitas pessoas e muitas coisas. Outrora deve ter sido mata virgem, como toda Foz do Iguaçu, por onde indígenas, desbravadores e  missionários abriram caminhos e chegaram até mesmo às Cataratas.  Diz a lenda que esse terreno foi o  local onde os ônibus estacionavam quando a cidade se formou, tipo a rodoviária local. Mais recentemente, há uns 80 anos deve ter sido  uma moradia, depois a sede de um órgão federal, depois uma grande oficina de serralheria, depois novamente moradia, depósito de máquinas obsoletas, estava feio, sem uso. O que resistiu ao tempo foram algumas arvores frondosas e frutíferas que ofereciam sombra e sossego para a sesta depois do almoço a todos os que lá trabalhavam ou moravam. Houve muitas ofertas de negócios para ocupar o terreno, construir um prédio, um hotel, mas esse não poderia ser o seu destino, o que seria das árvores? Qual seria a vista da cidade dos moradores dos prédios no seu entorno? Mas, eis que veio a pandemia para nos fazer refletir sobre a vida e suas circunstancias.

Que fazer ali? Eis a questão! Uma amiga inspirada deu a sugestão: “se não  vender faça um jardim para você”. E a palavra jardim evocou lembranças, propósitos, um projeto, imagens de infância, crianças brincando em segurança nas nossas praças verdes em Foz do Iguaçu - cheias de árvores e sombra e, a partir daí, vieram muitas pesquisas, estudos e  conversas, buscar recursos e mãos a obra...

Um jardim é o bioma em que convivem muitas espécies compartilhando um espaço: árvores e frutos, arbustos, flores, formigas, abelhas, passarinhos, borboletas e beija- flores : espécies construtoras e espécies predadoras. 

O jardim só se transformou no que é hoje, quando pessoas iluminadas, cada qual em sua área, adotaram a proposta e emprestaram o seu talento, tempo e emoção para viabilizá-lo. Anna  Croucamp, sugeriu fazer um jardim, André Schmidt, arquiteto, deu a forma às construções e caminhos a partir de esboços, Iascara Bresolin, paisagista, deu cor e conteúdo aos canteiros, harmonizando lembranças, espécies e catalogando tudo, minha neta Julia deu o nome: quando começamos a pesquisar qual marca registrar, ela imediatamente falou “ Jardim da Oma”. Que outro nome poderia ser....,ela brincou e explorou cada cantinho durante a epopéia da construção durante a pandemia, Loli Cruz criou a logomarca, a identidade do jardim, com uma fantástica paleta de cores e deu a forma ao nome, Cleise Vidal, artista plástica, deu identidade visual ao muro e à sede da empresa, a partir de formas e cores, construídas a cada pincelada, Daniela Valiente, jornalista, assessora de imprensa e interlocutora valiosa  para assuntos aleatórios, Ilmar Loreno, o Mestre dessa obra,   representa a pequena equipe de obra e  engenharia da Construtora Taquaruçu, incansável e atento na busca de alternativas para as soluções do como fazer e com o que, que não foram poucas.

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Por que Jardim da OMA?

Oma é um diminutivo de avó em alemão e eu sou descendente de alemães. Minha mãe foi a Oma das minhas filhas e sobrinhas (os) e eu sou a Oma das minhas netas. O jardim é um espaço de acolhimento, de brincar, de ficar com o coração leve, de ganhar um abraço da natureza. E é esse afeto que no meu imaginário as avós dão para os netos e netas, e que deles recebem num abraço amoroso. Que o Jardim da Oma seja um espaço de acolhimento para todas as mães, filhas e netas  e dos avôs, filhos e netos de cada vovó, nona, abuelita,  tata, grandma, babushka, baka, grootmoeder, gran-mère, bachan entre tantas outras denominações e etnias que compõem nossa cultura.

 Hildegard Ortrud Litzinger Ghisi
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